14/03/2022

PMEs geram 78% dos empregos formais no Brasil em 2021 - Setor alimentício segue contratando

Fintech GYRA+ garantiu ainda que foi possível observar um aumento expressivo de crédito em minimercados (setor alimentício) no ano de 2022

78% dos empregos gerados no Brasil no ano de 2021 foram ocasionados por micro e pequenas empresas. Esse levantamento foi feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregadas (CAGED), do Ministério do Trabalho. Também segundo o Sebrae, no ano passado foram criadas 2,7 milhões de vagas formais.

Individualmente, as PMEs são pequenas. Todavia, ao juntar a massa de empresas que vai desde o açougue até a lojinha de sapato, o número se torna expressivo, sendo só em 2021 mais de 17 milhões de micro e pequenas empresas ativas no Brasil. É um mercado imenso que emprega muita gente.

Durante a pandemia que refletiu em uma grande crise, houve muitas demissões,  mesmo com o fato de elas serem empresas pequenas e isso pode representar um laço mais sólido entre os proprietários e os funcionários. Com a retomada, principalmente com o setor de serviços voltando, é possível observar a importância deste setor para o país ainda com uma deficiência de políticas públicas para suportar este setor.

A fintech GYRA+, especializada em crédito para PMEs, sentiu esse reflexo. O CEO, Rodrigo Cabernite, relatou o crescimento no ano de 2021: "Nós crescemos muito no ano passado,  oito  vezes o volume comparado com 2020. Nós vimos uma demanda por crédito fortíssima, principalmente no primeiro semestre de 2021, no segmento de alimentação e serviços. A retomada da economia passa por esse segmento”, garantiu ele. De contínuo diz que, mesmo assim, nem todos estão com a saúde financeira em dia - a maioria dos segmentos estão altamente alavancados, com mais dívidas e tendo que se reinventar.

O levantamento concluiu também que as principais atividades em alta foram “construção de edifícios”, “restaurante e similares” e “transporte rodoviários de carga”. Para Cabernite, esses três segmentos não ficaram no topo à toa:

“Na construção de edifícios normalmente existe uma subcontratação de várias empresas pequenas para a realização dos serviços. Eu não acredito que esse segmento continuará contratando,  porque houve um boom de construção residencial nas grandes cidades do país, mas que já esfriou. Nos transportes, a malha de logística do país está sendo reconstruída pelo e-commerce. Era um grande gargalo que tínhamos na economia, está recebendo muito investimento e isso é um reflexo. Já o segmento de restaurantes e similares é óbvio, uma vez que você está só no delivery, você precisa ter o staff de cozinha e o transporte.”

E estes resultados batem com as PMEs que mais pediram empréstimos para a GYRA+ em 2021. Os segmentos que mais solicitaram créditos foram o de produtos alimentícios e bebidas, vestimenta, serviços de beleza (estética, manicure e pedicure) e materiais de construção. 

Cabernite declara que em 2022 reparamos em uma demanda muito alta nos minimercados,  nos segmentos de varejo e de alimentação supermercadista. Mudou um pouco a cesta de consumo das famílias, então estamos tendo uma demanda muito forte principalmente de minimercados que são aqueles mercados com até três ou quatro check-outs. Acrescenta que esse número de 78% vai aumentar ainda, mas com um ritmo bem mais lento de crescimento. Finaliza,  expondo que  estamos em um cenário de juros muito diferente. Na hora que ele sobe tanto quanto subiu agora, a atividade econômica acaba esfriando muito. 


Legenda: Rodrigo Cabernite, CEO da fintech GYRA+
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