Presente no Brasil desde 2010 e incorporada no calendário do país, a última sexta-feira de novembro caiu nas graças dos brasileiros e passou a ser uma das datas mais aguardadas do ano. O Black Friday, que este ano cairá no dia 26 de novembro, já é a segunda data que mais movimenta o comércio local.

Sucesso no passado por conta da pandemia, as vendas ultrapassaram R$ 5,1 bilhões, um crescimento de 31% em comparação a 2019, segundo dados da Neotrust/Compre&Confie. Para o CEO da fintech GYRA+, especialista em liberação de créditos para micro e pequenas empresas, esse dado se deu pelo fato de as pessoas terem deixado de gastar com lazer (serviços como restaurantes e viagens) e tiveram mais caixa para gastar com produtos. “Com as pessoas em casa, muitas vezes sem fazer nada, elas tinham sobra de caixa do que normalmente gastariam e acabavam entrando em plataformas de Market Place comprando um monte de produtos que elas nem precisavam”, apontou.

E por conta do crescimento do e-commerce, os antigos gargalos logísticos do Brasil receberam mais investimentos, principalmente nos galpões, centros de distribuição e frotas para que as compras chegassem mais rapidamente e com segurança na casa de cada cliente, e o que se viu foi mais eficiência com redução do custo de entrega e prazos. “O patamar que o e-commerce chegou ano passado é o novo normal. Ele vai continuar em progressão daqui para frente, com um produto melhor do que era. Não vamos ter um crescimento tão expressivo quanto ano passado porque o cenário de pandemia não é o mesmo”, argumentou Cabernite acrescentado ainda que o retorno do comércio físico existirá, principalmente pelas questões demográficas e sociais, tendo bastante espaço para crescimento. “Isso vai acontecer com o tempo, não vai ser no final de 2021, talvez fique mais para 2022. Muito provavelmente é o e-commerce que vai puxar o crescimento até o fim do ano”, garantiu.

Principais demandas de crédito

Com a proximidade da data, as empresas costumam solicitar mais empréstimos, principalmente para comprar produtos, levar para o centro de distribuição e começar a preparar as ofertas para o final do ano. No período de 01/09 até 20/10, a demanda por crédito no segmento de comércio de vendas online (e-commerce) cresceu aproximadamente 18% na base da GYRA+ comparado aos 50 dias anteriores. Cabernite afirmou que os segmentos que mais tiveram demandas, além do e-commerce foram os de materiais de construção, algumas pequenas construtoras e escolas. “As escolas obviamente sofreram muito durante esse período. As grandes escolas particulares conseguem passar por um período desses, mas escolas menores, de bairro, nas quais os consumidores são famílias de classe média baixa, não. Essas famílias tiveram um aperto nas receitas e tiveram que retirar as crianças da escola, resultando em muita inadimplência. E isso acabou gerando uma demanda grande de escolas solicitando crédito”, finalizou.

SOBRE A GYRA+

A GYRA+ é uma plataforma que tem como propósito ampliar os limites do empreendedor para a construção dos seus sonhos. Através de um processo inovador, a GYRA+ conecta em plataformas parceiras para coletar dados e oferecer uma análise de crédito rápida, customizada e segura, sem a burocracia dos grandes bancos.

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