22/03/2022

Cresce o número de empréstimos tomados junto a fintechs pelo setor da saúde

Laboratórios de exames em geral, clínicas odontológicas, clínicas de ultrassom e outras tiveram um aumento de 3% para 7% em solicitações de empréstimos nos últimos dois anos

Não é surpresa para ninguém que muitas áreas foram afetadas durante a pandemia por conta da falta de serviços. A inexistência  de clientes fez com que o fluxo de todos os campos diminuísse, desde a produção inicial de uma mercadoria até à venda do produto final para o consumidor.

Isso se refletiu também no setor da saúde. Laboratórios de exames em geral, clínicas odontológicas, clínicas de ultrassom, entre outras, sofreram muito com esse período por oferecerem serviços que,  muitas vezes,  não são considerados emergenciais,  causando demissões, menores compras de estoque e uma série de prejuízos que tiveram de ser contornados. O cenário foi o mesmo para  micro e pequena empresa. A Fintech GYRA+, especializada em créditos para micro e pequenas empresas, percebeu que os empréstimos para esta área saltaram de 3% em 2019 para 7% no final de 2021.

“Essa área de saúde não essencial sofreu muito na crise,  porque ninguém foi ao dentista, por exemplo, durante dois anos – tirando situações emergenciais. Quem não tinha uma reserva, teve que demitir funcionários, ficou sem faturar por um  tempo, tomou dívidas, foi se alavancando. A história não é muito diferente dos outros setores. Fechou e agora está voltando. E para voltar, existem custos”, explicou Rodrigo Cabernite, CEO da Fintech GYRA+.

Cabernite contou ainda que o uso desse crédito para as instituições de saúde difere dos setores que a Fintech normalmente está acostumada a emprestar. Para ele, o recurso pode ser usado tanto para a compra de uma clínica ou laboratório novo quanto para a aquisição de equipamentos novos e modernizar o local. “Eu acho que é um mercado bem competitivo. Se a pessoa tem um maquinário muito velho, uma cadeira do século passado, vai  ter clientes que vão preferir ir a um consultório mais moderno, mais informatizado. Enquanto isso, os outros ainda perdem tempo,  tendo que investir em tecnologia de agendamento, de atendimento e até de divulgação, com marketing digital”, garante.

A GYRA+ cobre vários tipos de empresas. Desde padaria, mercearia, supermercado até lojas de produtos de limpeza. Ao perceber o aumento de empréstimos concedidos, a Fintech resolveu apresentar uma alternativa aos altos juros dos grandes bancos para que as modernizações sejam realizadas. “Nossa ideia é passar um pouco de educação financeira para esse mercado, demonstrar que não precisa pegar crédito pessoal no banco, que é altíssimo, cobrando 8% ao mês. É possível conseguir uma taxa muito melhor, muito mais rápida, sem sair de casa. Tudo muito mais fácil”, finaliza  Cabernite.


Legenda: Rodrigo Cabernite, CEO da fintech GYRA+
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